data-filename="retriever" style="width: 100%;">Nesta semana, refletindo sobre a solenidade de Natal, veio-me à mente essa pergunta:
- Além de Jesus, qual outro personagem, depois de dois mil anos, é lembrado, celebrado com tantos arranjos, com tantas luzes, músicas - e isso não só num país, numa cidade - mas no mundo inteiro? Qual outro personagem movimenta países, cidades, famílias, pessoas? Quem é capaz de tocar, encantar o mundo inteiro, pelo simples fato de seu nascimento?
Realmente Ele, Jesus, é o único na história da humanidade a ter a força e o poder de atrair tantos olhares, mover tantos sentimentos, mas sobretudo de conquistar vidas e seguidores, sem fazer nenhuma promessa de sucesso material, de conquistas de honrarias, sem prometer fortunas, muito menos facilidades. Sim, quem é capaz, depois de dois mil anos, ser lembrado como se estivesse nascendo hoje? E o mais impressionante, numa sociedade que relativiza o passado, para não dizer que o esquece, ou o despreza. Sim, é impressionante que depois de dois milênios, Alguém esteja tão presente e seja tão lembrado, invocado e comemorado, por um único motivo: porque amou sem limites, porque propôs como lei maior o amor, sem reservas, sem aditivos, a não ser de amar como Ele amou.
Realmente, estamos diante de um mistério! Uma sociedade que se intitula líquida e pós-verdade, não consegue ficar indiferente a um acontecimento e, diga-se, um acontecimento profundamente simples, pois traz como elementos fundamentais uma criança igual a todas as nascidas neste dia. O lugar do nascimento? Um estábulo; o berço, uma manjedoura; os aquecedores, os animais; os pais, um carpinteiro, a mãe uma donzela de apenas, quem sabe, dezesseis anos. Pessoas humildes, despretensiosas. A música, ah, essa sim, vinda do céu, cantada pelos anjos!
Qual será a razão de tanta festa? Para alguns, talvez por motivos econômicos; outros, para manter a tradição, porque é bonito. Para nós, no entanto, fazemos festa, celebramos seu nascimento porque esse Menino mudou a história da humanidade, mudou a cultura, mudou o sentido de nossas vidas. Enfim, mudou nossa própria vida. Usando as palavras do profeta Sofonias, Ele revogou a sentença condenatória que pesava sobre nós. Sim, esse Menino abriu-nos novos horizontes, dignificou nossa condição humana e assumiu nossa natureza, não apenas para fazer-nos uma visita de cortesia, mas para ficar conosco, como caminho, verdade e vida.
Sim, para nós esta festa é o reconhecimento e a aceitação que esse Menino não é apenas um homem, mas o reconhecemos como o Filho de Deus e como tal o aceitamos e o adoramos.
Portanto, festejemos o Natal, porque o mundo que vivia nas trevas iluminou-se.
Feliz Natal!